Nas próximas semanas o aparelho de segurança da Paraíba será reforçado com a atuação da Guarda Militar de Reserva – unidade formada por militares que hoje se encontram na reserva e que, em muitos casos, vêm sendo obrigados a colocar suas vidas em risco em atividades não regulamentadas com o objetivo de reforçar seus orçamentos familiares, conforme ressaltou o governador Ricardo Coutinho no final da tarde desta quinta-feira, 21.
Durante solenidade de conclusão do Curso de Formação de Soldados realizada no Centro de Ensino da Polícia Militar, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, Ricardo informou que a Guarda Militar de Reserva entrará em campo não somente para realizar um trabalho complementar, mas também para contribuir com o processo de retomada de espírito público da segurança na Paraíba.
“Nós criamos a Guarda Militar de Reserva, que fará um trabalho não somente complementar, mas um trabalho militar, trazendo oficiais e praças que hoje estão na reserva e que muitas vezes têm que fazer um determinado bico, colocando até a própria vida em risco, havendo oportunidades em que até se perde a vida em trabalhos não regulamentados”, observou.
Enfatizando a determinação do Governo do Estado de reforçar a presença da Polícia Militar nas ruas, ele acrescentou: “Para isso precisamos suprir os espaços que estão hoje sendo ocupados por policiais militares, quando estes poderiam estar nas ruas, cumprindo outras tarefas e se aproximando cada vez mais da população, no seu local de moradia ou no seu local de trabalho”.
Na solenidade de formação dos novos militares, o governador foi homenageado com a escolha do seu nome para denominar a turma de concluintes (“Turma Governador Ricardo Coutinho”), formada por 66 novos soldados que iniciaram o curso no dia 6 de outubro de 2010, pagaram 32 disciplinas, dentre elas Direitos Humanos, Tiro Defensivo, Doutrina de Policiamento Ostensivo, Introdução à Sociologia e Psicologia Aplicada, e frequentaram a sala de aula durante 1.170 horas, sendo a última aula realizada no dia 15 de julho deste ano.
Presidida pelo comandante da PM, coronel Euller Chaves, e pelo secretário da Segurança e da Defesa Social, Cláudio Lima, a solenidade lotou o pátio do Centro de Ensino de militares, dos familiares dos novos soldados e de autoridades que ouviram do governador Ricardo Coutinho uma breve prestação de contas do esforço que o Estado está fazendo para devolver ao povo da Paraíba uma condição mínima de tranquilidade e de paz.
Ele lembrou as promoções de militares realizadas no mês de abril; anunciou para as próximas semanas as promoções referentes a dezembro do ano passado e a um outro quantitativo que estava em aberto e que agora será regularizado, e informou que ainda neste ano de 2011 será realizado um novo curso de formação de soldados.
“O Estado, apesar da sua crise financeira, está contratando 250 novos policiais. Em abril contratamos 150 policiais civis, vamos contratar mais e vamos abrir outra turma de formação de soldados ainda este ano, para que possamos formar mais 350 novos soldados, além dos Cursos de Formação de Sargentos e de Oficiais”, observou.
“Estamos investindo para dotar as Polícias de melhores veículos, de melhores armas, de melhores equipamentos de proteção individual”, continuou o governador, salientando que o investimento para a formação da turma concluinte do Curso de Formação de Soldados superou a casa dos R$ 1.500.000,00, fora o impacto na folha de salários que o Governo haverá de ter com a contratação dos novos policiais.
“Tem coisas da vida que não pode esperar por determinado equilíbrio, porque temos que avançar. Temos índices de criminalidade que são inaceitáveis e que exigem do Governo e das Polícias todo o esforço possível para que os agentes que promovem o descontrole sejam retirados de circulação. As Polícias têm trabalhado muito, e até em condições que não são as mais adequadas, mas o trabalho que vem sendo feito, com prisões, com apreensões de drogas, com desmantelamento de quadrilhas, prisões de assaltantes, vem resgatando a imponência dessa corporação frente à criminalidade e à marginalidade”, comentou.
Parlemento PB
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