Chico Neto – de Dona Inês para o Mundo
Chico Neto, ou simplesmente Netinho, vai se apresentar nessa terça-feira, 09, as 22h30 em rede nacional. O programa A LIGA da BAND falará da vida desse cantor e compositor donainesense.
No fim dos anos 70, início dos 80 quando muitos de vós nem sonhava quão maravilhoso é este Mundo, esta vida, os ventos que cortam e sibilam na Serra já espalhavam e repercutiam os acordes e sons melodiosos do nosso Chico Neto, Netinho, tocando as músicas-cabeça de Raul Seixas (Gitá), Zé Ramalho (Avohai), Milton Nascimento (Nos Bailes da Vida), Gil (Não Chores Mais), Alceu Valença (Morena Tropicana), Caetano (Alegria Alegria), entre tantos outros da MPB e encantando com a sua batida seca nas cordas do violão.
Na sombra da tarde do armazém de S. Júlio, na calçada da Prefeitura, nas arquibancadas da quadra, na Praça do Obelisco (hoje Pça. Zé Matias), no lajedo iluminado pela Lua Cheia, lá Netinho podia ser encontrado tirando um belo som do seu violão, nas companhias de Marinaldo e Marinésio, Antonio de Zé Nô, Dido, Paulinho Esperidião, Mariano, Antonio de Maneco, Erivaldo, Manoel e Marcondes Cantalice, e tantos outros e também outras.
Era um cara que os mais velhos cunharam de ‘rebelde’, porque tinha um pouco de ‘hippie’ (cabeludo, óculos, cigarros, revolucionário, sonhador). Naqueles dias, Dona Inês era pequena para Netinho e ele foi atrás da realização dos seus sonhos. Travou contato com Elba, Zé Ramalho, Lenine, Chico César, Alceu Valença, lá pras bandas do Rio de Janeiro e aprendeu muito com essa gente de sucesso.
Foi parar em Sampa, hoje em Osasco, onde desenvolve um trabalho junto ao pessoal da 3ª. idade, relacionado ao mundo musical e dali tem saltado para as ondas da mídias, que levam o seu trabalho para onde houver um receptor.
Nos últimos anos, Chico Neto tem encontrado espaço e eco para o seu trabalho musical (Cds e DVDs gravados) e visitado a sua terra, onde se criou, onde tem seus familiares, a grande e importante família Enedino, participando das festividades de São Sebastião e mostrando o seu valor. Em janeiro fez um show solo no Espaço da Juventude. Observando a sua performance, percebemos que se trata de um artista completo com amplo domínio de palco e apresenta uma característica pouco usual: ele incorpora fisicamente a música que executa como se cada acorde, cada batida do violão, cada palavra emanasse do mais profundo do seu âmago.
A Voz da Serra
0 comentários:
Postar um comentário